O mercado corporativo tem, a cada ano, prestado mais atenção a sustentabilidade, seja por iniciativas dos mercados, consumidores ou governos, a sustentabilidade tornou-se uma urgência.
Confira quais serão as 5 tendências do mercado para sustentabilidade em 2024:
- Transições definitivas para energia limpa;
- Transformação da indústria de petróleo e gás;
- Adoção da Economia de Baixo Carbono;
- Divulgações obrigatórias de dados;
- AI’s na sustentabilidade.
Cada uma delas tem sua importância isolada, mas estão interligadas entre si. Saiba mais sobre elas lendo esse artigo.
Transições definitivas para energia limpa
A transição para o uso de energia limpa é debatida e recomendada há anos, porém acontecimentos em 2022 e 2023 aumentaram a necessidade do uso de energias provenientes de fontes renováveis.
Falar em uma transição definitiva parece uma meta ambiciosa, mas é alcançável em esferas isoladas. Com o avanço das tecnologias renováveis e a crescente pressão dos consumidores e governos, esse objetivo está cada vez mais próximo.
Podemos citar entre esses eventos o superaquecimento da Terra, que além de acelerado, tornou-se evidente no cotidiano e a 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP28).
É evidente que um dos principais fatores é a crescente preocupação com as mudanças climáticas. As emissões de gases de efeito estufa (GEE) estão causando impactos negativos, como eventos climáticos extremos, aumento do nível do mar e perda de biodiversidade.
Outro fator que está impulsionando a energia limpa é a queda nos custos das energias renováveis. As tecnologias renováveis, como a energia solar e a eólica, estão mais competitivas em relação às fontes de energia tradicionais, como o carvão e o petróleo.
Os governos, também estão desempenhando um papel importante na transição para energia limpa. Por meio de implementações de políticas e regulamentações para promoção dessas fontes energéticas.
Como a China que anunciou planos de investimento de US$ 1,4 trilhão em energia limpa até 2025. Os EUA que estabeleceram como objetivo de atingir 100% de energia limpa até 2050. E a União Europeia que anunciou reduzir suas emissões de GEE em 55% até 2030.
Transformação da indústria de petróleo e gás
A indústria de petróleo e gás passará por uma transformação significativa em 2024, à medida que as empresas se adaptam às mudanças nas demandas dos consumidores e às regulamentações em relação às mudanças climáticas.
Uma das mudanças mais significativas é o aumento do processamento de petróleo para produtos químicos (PQP). O PQP converte o petróleo bruto em variados produtos químicos como plásticos, fertilizantes, solventes e produtos farmacêuticos.
Esse processo tem o potencial de criar benefícios para a indústria de petróleo e gás, como:
- Redução das emissões GEE, ao substituir o uso de combustíveis fósseis por produtos químicos derivados do petróleo;
- Redução de resíduos da indústria petrolífera;
- Criação de novas oportunidades de negócios.
Alguns indícios possíveis dessa tendência do PQP para os próximo anos são:
- A ExxonMobil está construindo uma nova planta de PQP no Texas, que terá capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de produtos químicos por ano;
- A Chevron está investindo US$ 10 bilhões em PQP nos próximos cinco anos.
- A Shell está desenvolvendo novos processos de PQP que são mais eficientes e sustentáveis.
Adoção da Economia de Baixo Carbono
Com as consequências primárias das mudanças climáticas, a adoção de uma economia que visa reduzir as emissões de GEE, associando a produção e consumo de bens com zero emissões, é uma prioridade.
Em 2024, veremos que o fluxo de carbono terá um papel fundamental na tomada de decisão das produções e consumos de bens e serviços. Empresas como a Apple e Microsoft anunciaram que incluirão medidas na redução da emissão de carbono.
A primeira anunciou planos de investir US$ 4,5 bilhões em energias renováveis até 2025, a segunda planeja atingir o uso de 100% de energia de fontes renováveis em suas operações globais até 2025.
Divulgações obrigatórias de dados
Com o aumento da conscientização pública, bem como a crescente regulamentação governamental sobre sustentabilidade e o desenvolvimento de tecnologias, a divulgação dos dados ambientais devem tornar-se obrigatórias.
Seja por demanda dos consumidores ou governamentais, em 2024, os dados de emissões e práticas como ESG, serão cobrados com transparência. A fim de evitar dados performáticos.
É possível encontrar iniciativas de divulgação obrigatória de dados de sustentabilidade em andamento em todo o mundo, como as abaixo:
- Diretiva de Divulgação de Informações Ambientais de Grandes Empresas (CSRD) da União Europeia;
- A Lei de Divulgação de Informações Climáticas (CDPL) dos Estados Unidos;
- Recomendações do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (IASB) sobre divulgação de informações de sustentabilidade.
A CSRD exige que as grandes empresas da UE divulguem informações sobre suas atividades ambientais, incluindo emissões de GEE, uso de recursos e biodiversidade.
A CDPL obriga que as empresas públicas dos EUA divulguem informações sobre suas emissões.
O IASB está desenvolvendo recomendações sobre divulgação de informações de sustentabilidade que serão aplicadas a todas as empresas que usam suas normas contábeis.
AI’s na sustentabilidade
O uso das AI’s, inteligências artificiais, teve um boom em 2023, principalmente pelos modelos de linguagem como chat GPT, a tendência em 2024 irá estender-se a diversas áreas.
Para a sustentabilidade, há inúmeros usos, como, por exemplo, monitoramento e gerenciamento de recursos e desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Algumas empresas já usam a AI para auxiliar em suas metas de sustentabilidade, como a Microsoft que utiliza a tecnologia para monitorar o uso de energia em suas datas centers.
Para 2024, espera-se o aumento do uso da AI em setores como:
- Agricultura: para monitorar as condições das culturas, otimizar o uso de água e fertilizantes e prevenir pragas e doenças;
- Gestão de resíduos: para identificar e reciclar materiais, reduzir o desperdício de alimentos e desenvolver novas tecnologias de tratamento de resíduos;
- Transporte sustentável: desenvolvimento de novos sistemas de transporte público, otimizando as rotas de veículos e reduzindo congestionamentos.
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Fontes:
https://epbr.com.br/chevron-preve-investir-us-16-bilhoes-em-2024/
https://epbr.com.br/exxon-desenha-planta-de-hidrogenio-azul-em-grande-escala-nos-eua/
https://www.shell.com.br/energia-e-inovacao/pesquisa-e-desenvolvimento.html